Descrição do livro:
Diagnosticado com dislexia na infância, Andrew Solomon conta que a superação dessa deficiência só foi
possível porque ele pôde contar com a paciente dedicação dos pais, em especial de sua mãe, num lar
estruturado. Criado num ambiente privilegiado – a culta classe média judaica de Nova York -, Solomon sempre
teve acesso a todo afeto e atenção terapêutica necessários ao tratamento. Entretanto, quando sua
homossexualidade latente transpareceu na adolescência, os mesmos pais que sempre o haviam cercado de
carinho e compreensão reagiram com intolerância e vergonha. Ele teve de se afastar traumaticamente da
família para conseguir vivenciar a plenitude de sua identidade sexual. Muitos anos depois, para tentar entender
as relações entre essas duas identidades divergentes das expectativas dos pais, e como elas puderam
provocar sentimentos tão antagônicos, o autor realizou uma abrangente pesquisa sobre o universo da
diversidade em famílias com filhos marcados pela excepcionalidade. Surdos, anões, portadores de síndrome
de Down, autistas, esquizofrênicos, portadores de deficiências múltiplas, crianças prodígios, filhos concebidos
por estupro, transgêneros e menores infratores – dez ‘identidades horizontais’ (isto é, divergentes dos padrões
familiares, linguísticos e sociais predeterminados), sujeitas em graus distintos a influências genéticas e
ambientais, compõem a constelação de temas deste magnífico tour de force sobre os sentidos de ser diferente
e, principalmente, de aprender a amar e respeitar as diferenças.