Descrição do livro:
A Talentosa Highsmith conta com dezenas de fotos do acervo de Highsmith e é assinada por Joan Schenkar,
importante dramaturga contemporânea dos EUA. No livro, além de arquivos, diários, correspondências e relatos
de amigos íntimos, despontam as várias personas de Highsmith: criadora de ficções policiais que renovaram o
gênero, americana de “alma” europeia, escritora de histórias em quadrinhos, mulher que se recusou a conhecer
Alfred Hitchcock nas filmagens de seu primeiro romance, Pacto Sinistro, que lhe deu fama mundial nos anos
1950. Mais do que mostrar os fatos que compõem sua vida e obra, o livro apresenta lados ocultos da autora.
Bastidores que, a despeito de sua trajetória de sucesso, apontam para uma personalidade reclusa, obsessiva e
apaixonada. Uma mulher que sentia-se insegura para assinar com seu próprio nome obras mais pessoais, que
revelavam sua intimidade (como em Carol, de 1952, primeiro romance norte-americano sobre um amor
passional entre duas mulheres, que publicou sob o pseudônimo de Claire Morgan) e era envolvente,
interessante e capaz de prender a atenção de todos com as histórias dos personagens que criava. A obra
permite entender porque a criadora do amoral personagem Tom Ripley acabou sendo referência para diretores
como Wim Wenders, Anthony Minghella, Liliana Cavani e o escritor Peter Handke. Nascida em 1921 na pensão
de sua avó em Fort Worth, Texas, Highsmith passou a juventude em Nova York, no efervescente Greenwich
Village dos anos 1940, “as quatro milhas quadradas mais livres da Terra”. Encantadora, reservada e desejada
por muitos, viveu nos limites da transgressão. A vida amorosa, uma caixa de Pandora com muitas mulheres
interessantes e alguns homens convenientes, foi a fonte de inspiração para a sua obra. E o longo auto-exílio na
Europa, onde acabou morrendo solitária, ajudou-a a gerar o mito que a envolve, o de “Dama Negra das Letras
Americanas”.