Descrição do livro:
O livro analisa, com base na vasta experiência profissional do autor, a Convenção sobre os Aspectos Civis do
Sequestro Internacional de Crianças, aprovada em 25 de outubro de 1980 e que entrou em vigor internacional
no dia 1°. de dezembro de 1983, sendo promulgada pelo Brasil através do Decreto n.° 3.413, de 14 de abril de
2000. A referida Convenção integra o Direito Internacional Privado e trouxe um procedimento de cooperação
internacional entre os Estados membros, visando prevenir que o autor da subtração do menor de idade possa
legalizar, através das autoridades competentes do Estado de refúgio, a situação ilícita, objetivando, em primeiro
lugar, o restabelecimento ao status quo ante, através da restituição imediata da criança ao país de sua
residência habitual, buscando amenizar os efeitos nefastos que o sequestro possa causar a seu
desenvolvimento físico, psíquico e social.
A problemática do sequestro interparental vem aumentando nos últimos anos devido aos números crescentes
de casamentos entre pessoas de nacionalidades diferentes, dos quais são gerados filhos e a elevação do
número de divórcios em todo o mundo. Diversos são os casos de remoção ou retenção ilícitos de crianças em
país diverso ao de sua residência habitual por um dos pais ou parente próximo que, de forma compulsória,
retiram a criança de seu convívio familiar e social.
Vários aspectos relevantes são analisados sobre o tema em questão, em especial, os delineamentos dessa
importante Convenção, no sentido de que se possa garantir, com absoluta prioridade, a preservação do direito
fundamental das crianças de serem criadas no seio da família em que estabeleceram vínculos afetivos e no
lugar onde construiram suas referências culturais. Marcos Duarte contribui com a discussão sobre a questão
do sequestro internacional de crianças, visto este ser carecedor de discussões doutrinárias, residindo tal fato
no total desconhecimento da Convenção ou na sua aplicação de forma equivocada.
Por fim, comenta a Lei 12.318/10 (Lei da Alienação Parental), umas das mais importantes e impactantes leis
dos últimos anos, principalmente por sua aplicabilidade nas lides familistas que possuem a triste constatação,
em grande parte, da presença da Síndrome da Alienação Parental e a conexão entre as duas ferramentas
jurídicas que têm em comum o afastamento da convivência entre pais e filhos.
O livro contém ainda, decisões judiciais selecionadas, pareceres, legislação e questões de ordem prática de
grande utilidade para juristas, advogados, magistrados, promotores, professores, estudantes e público em
geral.
O prefácio é de Maria Berenice Dias, Desembargadora do Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul, Advogada e
Vice-Presidente Nacional do IBDFAM (Instituto Brasileiro de Direito de Família).