Descrição do livro:
# Geisel ( o Sacerdote) e Golbery ( o Feiticeiro) formaram uma parceria sem precedentes na história do Brasil.
Era uma amizade a serviço. Começava e terminava no Planalto. Geisel era o presidente da República e Golbery,
seu chefe do Gabinete Civil. Não se frequentavam, não almoçavam juntos. Contam-se nos dedos as ocasiões
em que Golbery foi ao palácio da Alvorada e aquelas em que Geisel o visitou na granja do Ipê, onde morava. Os
dois generais aproximaram-se durante o primeiro governo da ditadura, quando Geisel, com 56 anos, chefiou o
Gabinete Militar do presidente Castello Branco e Golbery, com 52, fundou e dirigiu o Serviço Nacional de
Informações. Voltaram ao poder no dia 15 de março de 1974. Tinham o propósito de desmontar a ditadura
radicalizada desde 1968, com a edição do Ato Institucional 5. Queriam restabelecer a racionalidade e a ordem.
Geisel recebeu uma ditadura triunfalista, feroz contra os adversários e benevolente com os amigos. Decidiu
administrá-la de maneira que ela se acabasse. Não fez isso porque desejava substituí-la por uma democracia.
Assim como não acreditava na existência de uma divindade na direção dos destinos do universo, não dava
valor ao sufrágio universal como forma de escolha de governantes. Queria mudar porque tinha a convicção de
que faltavam ao regime brasileiro estrutura e força para se perpetuar. Em dois outros livros (A ditadura
envergonhada e A ditadura escancarada) procurei contar a história do consulado militar desde a deposição do
presidente João Goulart, em 1964, até a caçada dos guerrilheiros do Partido Comunista do Brasil, nas matas do
Araguaia, em 74. Neste, vão narradas as vidas de Geisel e Golbery, a articulação que os levou ao Planalto, a
formação do governo e seu caminho até a eleição de 1.974, na qual a ampla e inesperada vitória da oposição
alterou o curso da ditadura.
# Esta obra trata-se do terceiro livro da coleção e primeiro volume da série O Sacerdote e o Feiticeiro ( que dá
seqüência aos livros de As Ilusões Armadas)