Descrição do livro:
De todos os paradoxos de São Paulo, um dos maiores é o que oferece o cotejo de seu presente com o seu
passado. A metrópole vertiginosa e trepidante de hoje nasceu distante, fora do alcance dos navios
portugueses, escondida pela serra do Mar -uma barreira que foi obstáculo, mas também desafio a vencer,
definindo a personalidade desta São Paulo obstinada e perturbadora . Convidado pela editora Objetiva para
escrever este livro, o jornalista Roberto Pompeu de Toledo mergulhou ao longo de quatro anos numa minuciosa
pesquisa para reconstituir a história da primeira vila do interior do Brasil, até se tomar metrópole em 1900.
Numa narrativa envolvente e reveladora, o leitor é convidado, capítulo a capítulo, a conhecer momentos cruciais
da trajetória da cidade que, por mais de uma ocasião, esteve ameaçada de penosos retrocessos, senão de
extinção, por motivo do abandono dos moradores, da precariedade de recursos e do que por vezes pareceu
uma irremediável falta de futuro. O destino de São Paulo, ao longo dos três primeiros séculos de existência, foi
de isolamento e de solidão. Em 1872, quando os primeiros sinais de prosperidade começavam a visitá-la , por
obra da riqueza trazida pelo café, ainda assim a população de pouco mais de 30 mil habitantes a situava numa
rabeira com relação às demais capitais brasileiras. Em 1890 já tinha dobrado de tamanho. O momento em que
finalmente engrena e começa a virar a São Paulo que se conhece é súbito como uma explosão -na passagem
do século XIX para o XX, quando se transformou num aglomerado de gente vinda de diferentes partes do
mundo. Amplamente ilustrada com rico material iconográfico como mapas, fotos e gravuras, A Capital da
Solidão é biografia exemplar de uma personagem que seduz e intriga desde suas origens -a cidade de São
Paulo.